Brasileira Ana Carolina canta hoje no Casino de Lisboa


Podem até não saber o seu nome mas os espectadores das novelas brasileiras reconhecem-lhe a voz grave e sabem de cor os temas românticos que acompanham as suas personagens favoritas. Garganta, Nada para Mim, Encostar na Tua, Uma Louca, Nua, são mais de uma dezena os "temas globais" de Ana Carolina. Ela garante que integrar a banda sonora de uma novela não é sinónimo de sucesso mas não despreza o seu poder: "são 50 ou 60 milhões de pessoas ouvindo uma música ao mesmo tempo, é algo que não se consegue em rádio nenhuma".
No concerto desta noite, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa, vão estar apenas 600 pessoas. "Estou um pouco apreensiva, acho que me vou sentir meio nua em palco", revela a brasileira de 31 anos.

Em Portugal, onde se apresenta pela quarta vez, está "ainda começando", no Brasil é um fenómeno. Para aquela jovem que começou a tocar em bares aos 18 anos, o sucesso chegou subitamente com o lançamento do primeiro disco, Ana Carolina, em 1999, que foi disco de ouro e nomeação para o Grammy Latino como melhor álbum pop. "Não estava à espera. De repente era reconhecida na rua, tinha pessoas me abordando." Seguiu-se Ana Rita Joana Iracema (2001) e Estampado (2003), num percurso onde Ana Carolina se foi assumindo cada vez mais como compositora- assina 13 dos 15 temas de Estampado - e construindo o seu universo. A cantora e multinstrunsmentista, que em Dezembro foi capa da Veja dizendo "Sou bi e daí?", já deixou de se preocupar com as comparações com Cássia Eller ou Zélia Duncan, e foi a responsável pelo disco mais vendido no Brasil no ano passado: a colectânea Perfil . E Ana & Jorge, disco e DVD gravados em Agosto num concerto acústico com Seu Jorge, na sala carioca Tom Brasil, já vendeu mais de cem mil cópias. Será lançado ainda este mês em Portugal pela Sony BMG - esta noite, Ana dará um cheirinho cantando É Isso Aí.

Um dia,no Rio de Janeiro, foi assaltada. "Levei um tiro no vidro do carro, estamos em guerra mesmo", comenta. A partir daí, passou a dar mais valor à "vida que é tão curta" e decidiu fazer tudo o que sempre tinha querido. Como por exemplo, desafiar o tropicalista sexagenário Tom Zé para um dueto. "Olá, daqui é Ana Carolina, sou uma cantora mineira e adoro o seu trabalho...", escreveu no mail que enviou a Tom Zé. O músico, conhecido pelo seu bom humor, respondeu na mesma moeda e pouco depois encontraram-se para gravar Brasil Corrupção (Unimultiplicidade). "A música foi feita antes do escândalo do mensalão, foi assim como uma premonição."

Quando foi desafiada pelo amigo Seu Jorge para o tal concerto, Ana Carolina não só decidiu cantar o tema como pediu a outra amiga, a escritora Elisa Lucinda, umas palavrinhas para "dizer antes". Elisa ofereceu-lhe o inédito Só de Sacanagem, texto belíssimo que propõe uma resposta honesta à sacanagem de um país inteiro. A voz grave de Ana Carolina exalta-se quando diz: "Minha esperança é imortal/ Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!"

"'Tá na cara que o Lula sabe de tudo e foi o principal mandante, tenho a certeza absoluta. Nas próximas eleições vou votar no Itamar", explica, com uma pontinha de desilusão. Como figura pública, Ana Carolina sabe que as suas palavras podem fazer a diferença. "Quando era jovem e ouvia o Caetano falar de algumas coisas, quer fosse um tema musical ou político, eu ficava com vontade de pesquisar, de perceber. Pode ser que eu consiga que pelo menos uma garota pare para pensar. Isso é importante."

Fonte: Diário de Notícias

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Ana Carolina na festa de inauguração da casa de Alcione


A cantora Alcione fez uma festa na última quarta-feira, dia 5, para inaugurar sua nova casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O rega-bofe foi bem movimentado, e contou com a presença de artistas de todas as áreas, como samba, teatro e MPB.

Miguel Falabella, Renata Sorrah e Maria Bethânia eram alguns dos mais animados. Depois de se deliciar com algumas guloseimas, o trio, ainda na mesa, bateu um longo papo e juntos deram boas gargalhadas.

Taís Araújo, Zeca Pagodinho, Lega Nagle, Antônio Pitanga e Sandra de Sá também passaram pelo local. O ponto alto da festa, no entanto, foi a performance feita pela cantora Ana Carolina, em parceria com a poetisa Elisa Lucinda. As duas encerraram a noite recitando poesias.

Lenine, Jorge Aragão, Lúcia Veríssimo e Elba Ramalho também estiveram por lá.
Fonte: O Fuxico

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