Especial- ...E daí?






Na semana passada, a cantora Ana Carolina deu uma entrevista a VEJA que contém uma confissão pessoal e ao mesmo tempo é o reflexo de uma mudança e tanto na forma como os jovens brasileiros encaram a sexualidade. Ana Carolina falou sem meias palavras sobre suas preferências. "Sou bissexual", disse ela. "Acho natural gostar de homens e mulheres." O que chama atenção é que ela trata do assunto com leveza. E, é importante frisar, sem ter a mínima intenção de fazer proselitismo em favor de causas políticas. "Sou contra essa postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo, pois fica parecendo que ser gay é uma doença", diz. Ana Carolina é hoje uma das artistas que mais vendem discos no Brasil. Desde 1999 ela lançou quatro CDs, que ultrapassaram a marca de 1,5 milhão de cópias vendidas. Somente neste ano foram 800 000 unidades, mais da metade de toda a carreira. Seu mais recente lançamento, Ana & Jorge, feito em parceria com o cantor carioca Seu Jorge, atingiu a vendagem de 125 000 discos em apenas duas semanas. Não é exagero dizer que 2005 foi seu ano de ouro – e a naturalidade com que expõe sua sexualidade só reforçou seu carisma.
"Acho engraçado quando alguém chega a meu camarim e diz:'Que coragem a sua de cantar Eu gosto de homens e de mulheres!'. Poxa, 'coragem' é uma expressão muito antiquada nessa área" 
Nascida em Juiz de Fora, Ana Carolina vem de uma família de músicos. Seu avô cantava em igreja e a avó era artista de rádio. "Dizem, aliás, que ela teve um affair com o forrozeiro Luiz Gonzaga – mas não me pergunte se foi antes ou depois de conhecer meu avô", conta. Ana Carolina é autodidata: aprendeu a tocar violão, guitarra e pandeiro sozinha. Hoje em dia, diz que domina a "matemática da música", embora ainda não saiba ler partituras. A cantora lembra que na adolescência, ao mesmo tempo em que dava os primeiros passos musicais, já demonstrava interesse por ambos os sexos. "Namorei quatro garotos, depois uma menina, em seguida outro garoto e mais tarde uma menina outra vez", diz. Aos 16 anos, ela tomou a decisão de contar para a mãe que se sentia diferente das amigas. "Fiz isso de supetão. Estávamos falando de um assunto qualquer e eu soltei a confissão, como se não fosse nada. 'Mãe, eu gosto de homens e de mulheres. Dá para a senhora me passar aquele negócio ali, por favor?'" A opção da filha foi respeitada, ainda que mais tarde ela tenha enfrentado cobranças. "Tive de ser mais dura com minha mãe, para reafirmar minha condição. Mas aí ela aceitou de vez, e hoje nos damos bem", conta. 
                                     
"Sempre apreciei as intérpretes que botam tudo para fora ao cantar, como se fosse o últino dia de sua vida. Cantar alto me deixa excitada"
Ana Carolina começou da mesma forma que tantos artistas anônimos: cantava em barzinhos. Seu repertório tinha canções de Edu Lobo e Chico Buarque, além de músicas próprias. "O barzinho é uma escola maravilhosa, desde que você não cante apenas sucessos que tocam na rádio, imitando as versões originais. Desse jeito, você nunca encontra a própria personalidade." Ana Carolina ainda era desconhecida quando encontrou uma figura que marcaria sua carreira: a cantora Cássia Eller. "Quando Cássia foi a um show meu, eu me senti como se tivesse ganho a Cruz de Malta", diz. As duas ficaram amigas e, depois da morte de Cássia, Ana Carolina herdou parte de seus fãs. 

O forte da cantora são as baladas – mas ela faz bom uso de seu vozeirão para lhes dar um toque mais dramático do que intimista. "Cantar alto me deixa excitada", diz ela. Além de compor, Ana Carolina tem gravado canções de medalhões e novos nomes da MPB. Ela tem uma visão realista do gênero em que atua. "Não acredito que surgirão na música brasileira movimentos musicais tão inovadores quanto a bossa nova e o tropicalismo. Mas isso não é o fim do mundo. Vamos fazer música de qualidade, nem que não seja uma revolução", diz. Os shows de Ana Carolina têm público eclético. Há fãs lésbicas que bradam palavras de ordem enquanto ela entoa baladas românticas, e também casais heterossexuais. Quando a cantora apresenta sua versão bossa nova de Eu Gosto É de Mulher, sucesso do grupo de rock paulistano Ultraje a Rigor da década de 80, a platéia sempre se entusiasma. "É uma canção machista, misógina até, mas sempre divertida." Outro ponto alto se dá quando ela interpreta uma música que estará em seu próximo disco, Eu Gosto de Homens e de Mulheres. "De vez em quando alguém chega a meu camarim e diz: 'Que coragem cantar essa música!'. Sempre recebo bem esse tipo de elogio, mas acho que aí está a diferença da minha visão. Acho 'coragem' uma expressão muito antiquada nessa área. Nossas inclinações sexuais não deveriam causar medo."
   Ana Carolina descobriu que era bissexual na adolescência. 
Quando tinha 16 anos, ela decidiu contar à mãe.
"Gosto de homens e de mulheres. Dá para pegar aquele negócio ali, por favor?
" A cantora, no entanto, não descarta a idéia de um dia se apaixonar por um homem. 
"Se isso acontecer, caso de véu e de grinalda, e ninguém irá me impedir." 

Atitudes como a de Ana Carolina atraem dois tipos de oposição. Sua maneira de falar de sexo parece ultrajante para os conservadores, mas também incomoda muitos homossexuais aguerridos, que gostariam de vê-la empunhando a bandeira do arco-íris. Ana Carolina pertence a uma era pós-engajamento. Parte da militância não se conforma com suas negativas a se apresentar na Parada Gay paulistana ou em casas noturnas voltadas a esse público. "Acho que passeatas e discursos no estilo 'nós, os homossexuais' só alimentam uma visão estereotipada", diz. Inspirada por autoras como a americana Camille Paglia, que admira por suas polêmicas no âmbito do feminismo e da cultura gay ("O que mais me incomodou num assalto por que passei foi levarem por acaso um livro dela", brinca), a cantora não quer ser aprisionada num nicho. "Posso até estar saindo com uma mulher, mas se eu me apaixonar por um homem e decidir casar com ele na igreja, de véu e grinalda, ninguém vai impedir", diz.

Fonte: Veja Online

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Duas versões para a mesma canção


Imagine a situação seguinte. Ana Carolina aproveita um dia do outono paulistano para ir ao cinema. O filme escolhido foi o belo “Closer — Perto demais”, do diretor Mike Nichols, uma história de amor, de relações, traições entre dois casais formados por Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen. A cantora se encanta com a música e resolve fazer uma versão para “The blower’s daughter”, do badalado Damien Rice. A uns 400 quilômetros dali, numa salinha do Leblon, no Rio de Janeiro, Simone tem a mesma idéia e encomenda para a amiga Zélia Duncan uma versão da mesma canção. E o mais curioso: as duas chegam ao mercado no mesmo momento.

A versão de Zélia, “Então me diz”, faz sucesso na novela “Belíssima”, da Rede Globo, embalando romance da personagem Julia, vivida por Glória Pires, e André, por Marcello Antony. A de Ana Carolina, “É isso ai”, integrará o álbum que ela lança mês que vem juntamente com Seu Jorge e está estourada nas rádios.

Nenhuma das duas cantoras reivindica a originalidade da idéia, que, pensando bem, não chega a ser tão original assim; mas esta é, possivelmente, a primeira vez que duas versões da mesma música chegam ao mesmo tempo ao mercado.

Nem Mariozinho Rocha tinha visto algo parecido. Esta coincidência surpreende até mesmo o poderoso diretor musical da Rede Globo, Mariozinho Rocha, que se encantou, assim como o autor Silvio de Abreu, quando recebeu a versão de Zélia Duncan. Ele diz que em toda a sua vivência na televisão nunca tinha visto algo parecido. — É muito raro quando duas cantoras gravam a mesma canção, mas isso ainda acontece. Agora, duas versões diferentes da mesma música eu nunca vi. Aliás, eu nunca tinha visto algum artista autorizar a gravação de duas letras diferentes — conta.

Mariozinho diz que desconhecia a versão de Ana Carolina, por isso não houve escolha entre as duas músicas. — A da Ana Carolina chegou depois às minhas mãos e, mesmo que eu quisesse, não seria ético deixar de gravar a da Simone, que já estava escolhida. Gosto muito do resultado das duas. A da Simone, mais romântica; a da Ana, mais vigorosa — define. — Mas eu realmente não imaginava.

A empresária da Ana Carolina disse que ela não iria gravar este ano, tanto que lançamos, pela Som Livre, uma coletânea dela na série Perfil. Acredito em uma grande coincidência, pois as cantoras envolvidas são muito cuidadosas com suas carreiras.

E Ana Carolina não iria mesmo gravar este ano. Mas, ao receber um convite de Seu Jorge para um show em parceria no projeto Tom Acústico, da casa Tom Brasil, em São Paulo, aceitou na hora. O resultado foi a gravação de um CD e DVD. E lá estava a versão da música de Damien Rice... — Vi o filme e fiz essa versão no inicio do ano. Acho o Damien Rice um cara incrível. Mostrei-a para o Jorge, que gostou, e a incluímos no roteiro. Gravamos os shows, e a música foi um sucesso espontâneo. Fui saber da versão do disco da Simone pouco tempo antes de ela entrar na novela — diz. — Foi realmente uma coincidência. Nunca vivi algo parecido. Mas também não vejo problema. A música é linda e quem ganha é o público.

Simone conta que, poucos dias depois de ver o filme, já com a idéia na cabeça, recebeu a visita de Zélia e pediu uma letra. — Na mesma hora Zélia começou a escrever os primeiros versos. Ela é de uma criatividade impressionante. Nunca vi algo parecido acontecer, mas o quem eu posso fazer? Fiquei e ainda estou chateada, não com a Ana Carolina, claro, já que acho mesmo que foi uma coincidência, mas com a situação— explica. — A letra da Zélia é perfeita. Procuramos respeitar a melodia, traduzir o sentimento do autor.

Simone não cantou a música na gravação do CD e DVD, também em agosto, ao vivo, no Teatro João Caetano, mas a incluiu como faixa-bônus. Zélia acha que houve descaso de Damien Rice . Zélia Duncan também põe panos quentes na história. Mas não perdoa o autor, Damien Rice, que, para ela, agiu com um certo descaso. — Fiz a música com o maior carinho e ficamos um tempão esperando a autorização do autor, que mostrou um descaso com sua música e com um país que certamente não lhe interessa. Acho também que foi obra do acaso, uma enorme coincidência. Quanto a duas pessoas gravarem a mesma música, não acho nada demais, cada um faz sua leitura — explica. — Aliás, a melhor coisa da história toda é ver que as pessoas têm muitas opções.

As versões, assim como as interpretações, são radicalmente diferentes. O curioso é que as três, Ana Carolina, Simone e Zélia, fizeram muito sucesso com versões. Ana Carolina estourou nacionalmente com “Quem de nós dois”, versão para “La mia storia tra le dita”, do italiano Gianluca Grignani, do disco “Ana Rita Joana Iracema e Carolina”. Zélia tinha muitos anos de estrada em 1995, quando “Catedral”, letra sua e de Christian Oyens para “Cathedral song”, de Tanita Tikaran, tornou-a popular. Já Simone tem em seu currículo, entre outras, “Então é Natal”, sobre “Happy xmas (War is over)”, de John Lennon e Yoko Ono.

Fonte: o Globo

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Ana Carolina, lá no último andar

Foi no nono dia do mês de setembro há 31 anos, num cantinho tranqüilo de Juiz de Fora. Veio à luAna Carolina Souza, uma virginiana, geniosa e instável como tal. Apenas dois meses
depois faleceu seu pai, e a Música preencheu-lhe o posto e cedeu seu largo ombro para aliviar qualquer dor. A avó cantava em rádio, os tios-avós eram músicos, nada mais natural do que correr melodia no sangue. Em casa, os vinis eram quem mandavam e D. Aparecida, sua mãe, cantarolava pelos cômodos sucessos de Dalva de Oliveira. Ana treinou os ouvidos com Cartola, Geraldo Pereira, Lupicínio... e não à toa herdou dos antigos mestres do samba a inquietação da batucada. A menina já fazia do salão de cabeleireiro da mãe o seu palco, fingia ser microfone um simples rolo de cabelo e cantava versos de Caetano e cia.
Com a idade de apenas uma dúzia de anos, começou a tocar violão, assim de ouvido, inspirada pelo também mineiro João Bosco. Com o pandeiro também foi assim: aos 19 ouviu os batuques de Marcos Suzano, no disco Olho de Peixe, e quis tocar igual. Pegou um jeitinho aqui, outro acolá, e inventou seu próprio estilo. O cantar foi só conseqüência. E quem dera todas as conseqüências fossem tão sublimes assim... Começou profissionalmente na 18ª primavera, nos barzinhos da cidade, e o repertório era Jobim, Chico, Ary Barroso e mais quinhentos clássicos. Nesse cenário, Ana conhecera Luciana David, àquela época uma estudante de Comunicação, que gostou do que ouviu e se tornou sua eterna empresária. Para variar, surgiram convites de mais bares nas cidades vizinhas e lá iam elas a bordo de uma boa e velha Parati... As composições ficavam na gaveta, escondidinhas debaixo de um complexo de inferioridade.

Contudo, a preocupação com os estudos não minguou. Ana fez cursinho pré-vestibular e ingressou no curso de Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora. Ao mesmo tempo, convidaram-na para shows maiores, como um no Teatro Municipal com produção da atriz Zezé Motta e a abertura do concerto da Orquestra Internacional de Ray Conniff, em 97. Depois de um dos muitos shows em Belo Horizonte, um rapaz chegou ao camarim com a letra de uma música, que compôs enquanto a assistia. Ele era o compositor gaúcho Totonho Villeroy e se tornaria um dos seus melhores amigos e parceiros, a música era "Garganta", traduzia muito bem sua personalidade e seria seu primeiro sucesso. "Depois me lembrei que conhecia Totonho, eu tinha ido a um show dele no Rio, no Mistura Fina, e adorei, tanto que comprei os dois discos independentes dele”*, lembra ela.
Até que desembarcou naquela cidade, em fins de 98, num capítulo decisivo para dar uma guinada nos rumos dessa sua biografia. Apresentou-se no Hipódromo e no famigerado bar Mistura Fina, e na platéia deste último estava uma outra Luciana, de sobrenome famoso: a rebenta de Vinícius de Moraes. Uma fita demo nas mãos da moça bastaria. Depois de quinze dias, com propostas de duas gravadoras acumuladas nas mãos, Ana já estava sentada assinando com a BMG. Mudou-se imediatamente para o Recreio dos Bandeirantes, abandonou o sexto semestre da faculdade e começou a produção do seu primeiro CD, Ana Carolina, que chegou às lojas em abril do ano seguinte. Ana cercou-se de grandes músicos, assinou arranjos, tocou guitarra em algumas faixas, colocou 5 ótimas composições suas, gravou a música de Totonho e regravou duas de Chico ("Retrato em Branco e Preto" e "Beatriz"), seu ídolo-maior e por quem foi imediatamente convidada para emprestar a voz a duas belíssimas músicas do Songbook Chico Buarque, “Mil perdões” e “Eu te amo”.

Naquele mesmo ano, encaixou duas músicas em novelas das 7 da TV Globo. "Garganta" foi parar em Andando nas Nuvens e "Tô Saindo" parou na sucessora, Vila Madalena. A primeira estourou nas rádios de todo o país, fez Ana despontar e provocou uma extensa turnê. "Nada pra Mim" - uma inédita composta por John, do mineirinho Pato Fu - integrou a trilha de Malhação, em 2000, mesmo ano em que veio a surpreendente e merecidíssima indicação à primeira edição latina do Grammy, na categoria brasileira de melhor álbum pop contemporâneo. O prêmio quem abocanhou foi Milton Nascimento, por Crooner, mas tudo bem. Ana Carolina ainda ganhou disco de ouro pelos 160 mil discos vendidos e foi apontada como "a grande promessa da MPB", comparada com Cássia Eller e Zélia Duncan. Nada mal.

Depois da virada do milênio, em abril de 2001, o segundo CD, Ana Rita Joana Iracema e Carolina, veio mais autoral, com 10 letras de próprio punho. Já chegou às lojas com 100 mil cópias vendidas, ficou duas semanas como o 2º mais vendido no Rio e em Sampa, em 15 dias já foi contemplado com disco de ouro, depois platina, e ultrapassou a marca de 300 mil exemplares. Tanta loucura foi por causa do hit "Quem de nós dois" (versão de Ana e Dudu Falcão para um sucesso italiano dos anos 90), que fez parte da trilha de mais uma novela das 7, Um Anjo Caiu do Céu, e simplesmente foi a música mais executada no país naquele ano! Só quem é surdo não escutou.

No mês seguinte ao lançamento, às cinco da manhã de 1º de maio - uma data trágica desde 1994 -, Ana saía do apartamento de Paulinho Moska no Leblon em direção ao seu, na Barra, quando na Av. das Américas perdeu o controle do seu Mercedes Classe A, que se espatifou contra um poste. Ainda lúcida, foi resgatada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros e internada na UTI do Hospital Barra D'Or. Houve fratura da tíbia e um corte na cabeça, bem acima da orelha, onde foi necessário dar 30 pontos e raspar uma pequena parte do couro cabeludo. Por sorte, nada grave. Ufa... O início da turnê do disco precisou ser adiado, mas a cantora voltou logo ao batente e, mesmo um pouco podada pelo gesso na perna esquerda, fez shows inesquecíveis.

Êita ano corrido! Veio "Ela é Bamba" na novela seguinte, As Filhas da Mãe; duas composições ("Velas e Vento" e "Margem da Pele") para a trilha do filme Amores Possíveis, de Sandra Werneck; música-tema ("Grito Sozinha") no filme Condenado à Liberdade, de Emiliano Ribeiro; convite para uma participação especial cantando “Mama Palavra” no álbum de João Bosco, Na Esquina Ao Vivo; e a composição de "Pra Rua me Levar" a pedido de ninguém menos do que Maria Bethânia para o disco desta, Maricotinha. Em outubro do ano seguinte, gravou um CD com versões em espanhol dos sucessos "Quem de nós dois", "Garganta" e "A canção tocou na hora errada", visando o mercado da parte norte da América.

Em agosto de 2003, seu terceiro filho, batizado de Estampado, vem ao mundo. A mãe, orgulhosa, diz que ele tem a sua cara. O caçula é mais rock'n'roll, o violão nervoso de Ana guia todos os seus batimentos, e os gritos são mais do que confissões: uma rajada de voz vem bombeada pelo coração. São 13 canções próprias e novos parceiros, como Chico César e Seu Jorge, que introduzem seus DNAs e deixam o rebento bem mulatinho e cheio de suingue. Emplaca hits em três novelas das 8 consecutivas: a baladinha "Encostar na tua" em Celebridade; a explosiva "Uma louca tempestade" em Senhora do Destino; e a calminha "Pra Rua me Levar", atualmente em América. Além dessas, "Nua" integrou a trilha de Como Uma Onda, novelinha das 6. É o bastante para alavancar a venda de quase 500 mil CDs e deixá-lo 80 semanas seguidas no ranking dos mais vendidos. Até o “eu vou de escada pra elevar a dor”, refrão do carro-chefe “Elevador”, mesmo com o trocadilho - maldito para alguns -, grudou que nem chiclete na boca do povo.

Lança então 2 DVDs, ambos platinados, com venda superior a 50 mil cópias cada. O primeiro é Estampado, um documentário que contém os bastidores da gravação do disco, a fase de composição, gravação e finalização, bate-papos com João Bosco, Chico Buarque e Maria Bethânia, uma reunião entre amigos animadíssima no apartamento da cantora, a composição grupal de "Perdi, mas não esculacha", leitura de um texto da escritora Elisa Lucinda, performance de voz e violão no estúdio, além de um pequeno show ao ar livre, no Largo da Carioca, Rio. Tudo dirigido pela fotógrafa Mari Stockler (do documentário Gaivota, 99). Meio frustrante para quem quer mais música e menos conversa.

Para agradar a gregos e troianos, vem o segundo: Estampado - Um Instante Que Não Pára, totalmente incendiário. Gravado num Claro Hall lotado com 9 mil histéricos, apresenta uma versão chiquérrima do show de divulgação do disco, com direito a quarteto de cordas, à harpa dulcíssima de Cristina Braga e versos de E. E. Cummings e Benjamin Constant. Isso tudo além da versão caprichada de "Vestido Estampado" só com voz, violoncelo e isqueiro, de arrepiar qualquer mortal que já deixou ou foi deixado. E mais: "Sinais de Fogo", composta para a amiguinha Preta Gil, "Outra Vez", lindíssima versão do clássico do Rei, e "Eu Gosto é de Mulher", sucesso de 20 anos atrás do Ultraje a Rigor, agora transformado em discurso gay. Sucesso absoluto. Na parte interativa, um making of e uma rápida brincadeira intitulada "Onde está Ana?", em que a cantora se infiltra disfarçada na platéia, minutos antes de subir ao palco, e passeia incógnita entre a histeria e ansiedade dos milhares de fãs. Gol de placa da diretora Monique Gardenberg (do filme Benjamim, 2004).
Em 2005, chegou ao mercado Perfil, uma coletânea de sucessos que logo alcançou o lugar
mais alto no ranking dos mais procurados, com mais de 320 mil exemplares desaparecidos das lojas. Ana também assina "Ultra-Leve Amor", primeira música de trabalho do novo CD de Jorge Vercilo, Signo de Ar, além de outra faixa, "Abismo". Em shows recentes, já apresentou composições novas, como "Notícias Populares" (anti-violência, após o vidro de seu carro ser atingido por uma bala perdida), "Unimultiplicidade", parceria com Tom Zé anti-corrupção, "É Isso Aí" (versão para o sucessão "The Blower's Dawghter", do irlandês Damien Rice) e "Eu Gosto de Homens e de Mulheres", confissão bissexual para contrabalançar a polêmica música do Ultraje, e que entrará no próximo disco, prometido para 2006. Sobre as comparações com a música "Meninos e Meninas", de Renato Russo, Ana Carolina discorda: "O meu é mais adulto, são homens e mulheres. Meninos e meninas na verdade eu não gosto"*, diverte-se.

* entrevistas concedidas ao jornal O Globo


Fonte: Poppycorn

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Ana Carolina comemora aniversário em show no Rio


 Ana Carolina fez do show de Caetano Veloso e Milton Nascimento, na noite de quinta-feira (8), parte da comemoração de seu aniversário. A cantora completou seus 30 anos na data e foi festejar com os pais, Orlando e Aparecida, e com amigos no Canecão. 

- Foi um grande presente! Sou fã dos dois. Já toquei música do Caetano e do Milton em meus shows. Eles fazem parte da minha influência, como artista nova que sou. É muito bom ser brasileira porque a gente pode ter a influência desses mestres, elogiou a aniversariante.


Após a apresentação, amigos de Ana Carolina, como Preta Gil e Daniela Mercury, puxaram o tradicional Parabéns para Você e literalmente fizeram a festa com a cantora. Beijos, abraços e algumas risadas depois, Bruno Gagliasso se juntou ao grupo e, animado, puxou novamente a canção de parabéns. 


- Vamos comemorar, disse o ator aos pais da cantora.
O grupo decidiu estender a noite na festa organizada pela produção do show, que marcou o lançamento da trilha sonora do filme O Coronel e o Lobisomem. Durante o coquetel, Ana Carolina foi homenageada de novo, desta vez, com direito a um bolo. 



Fonte: Perfil News

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Ana Carolina toca música inédita

Quem estava no Tom Brasil em São Paulo neste final de semana pôde conferir muito mais do que músicas de Ana Carolina e Seu Jorge. No palco os artistas interpretaram grandes sucessos das carreiras, cantaram juntos e animaram o público paulistano.Mas para os fãs da cantora Ana Carolina, a apresentação foi de grandes surpresas. Depois de ter colocado nas lojas o disco “Estampado” de 2003, mais recente trabalho, a mineira cantou pela primeira vez uma música inédita.

Mesmo sem adiantar se a canção fará parte de seu próximo repertório, Ana Carolina contou ao público qual foi sua grande inspiração para compô-la. A letra foi feita depois que a cantora sofreu um assalto no Rio de Janeiro há dois meses e teve o vidro do seu carro acertado por um tiro. Com o título de “Noticias Populares” a música caiu no gosto do público.

Fonte: Canal Pop

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Tom Acústico - Seu Jorge e Ana Carolina

O Tom Brasil Nações Unidas abre espaço para o projeto Tom Acústico, que reúne artistas de diferentes gêneros musicais, mas com grandes afinidades. A idéia é promover, a princípios mensais, entre nomes conhecidos da nossa música fazendo espetáculos em um formato mais intimista e bem diferente do que normalmente fazem em seus próprios shows.

Segundo Maitê Quartucci e Márcia Alvarez, programadoras do Tom Brasil, a idéia surgiu em conversas informais de camarim. "Fomos percebendo o prazer que os artistas têm em cantar músicas que não fazem parte do seu repertório habitual e também em dividir o palco com outros artistas com quem têm afinidades", explicam. "Além disso, o show acústico possibilita que os artistas mostrem suas canções de uma forma mais próxima à maneira com que foram criadas, sem a utilização de instrumentação", completam.

E a primeira edição do projeto, que acontece nos dias 12 e 13 de agosto, apresentará Seu Jorge e Ana Carolina.

Para a cantora a iniciativa do Tom Brasil de organizar esse projeto só tem a acrescentar na carreira de qualquer artista. Já Seu Jorge acredita que trabalhos como esse sempre criam oportunidades para divulgar a música brasileira.

A dupla canta seis músicas cada um e seis músicas juntos, dentre elas Carolina (do Seu Jorge), O Beat da Beata (de Ana Carolina e Seu Jorge) e Cotidiano (de Chico Buarque). Ana Carolina fará em sua participação solo, uma música inédita, chamada Unimultiplicidade, composta com Tom Zé e que fala sobre a corrupção na política brasileira.O cenário com flores reais e luz do Fábio Scheffer.

Fonte: NecNews - Redação Brasil

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As faíscas de um encontro explosivo


Ana Carolina conversa animadamente, enquanto Seu Jorge, sentado em um canto de um sofá, olha para o lado. Os dois estão promovendo o disco e DVD “Ana & Jorge ao vivo” (Sony&BMG), mas uma divergência quanto ao figurino teria gerado uma briga — os dois já se envolveram em confusões do tipo antes — e a dupla parou de se falar.

— Vai ser tenso — avisa a empresária Marilene Gondim.

A tensão dura na espera pelo atrasado Seu Jorge, e vai até a frase de Ana Carolina:

— Você sabe que nós não estamos nos falando, né ? — pergunta ela. — Nós nos tornamos inimigos mortais.
— É tudo somente sexo e amizade — emenda ele, de bate-pronto, iniciando a primeira sessão de gargalhadas. — Nosso único duelo está na música “Comparsas”, uma espécie de embolada em que apresentamos um ao outro.

Espontaneidade e política marcam o show 
Explosivos, cheios de opiniões e eventualmente arrogantes, os dois destacam dois aspectos do novo projeto: a espontaneidade e a política.

— Montamos o show sem pensar em CD, DVD, nada disso — diz Jorge. — Minha idéia inicial era bater uma carteirinha (gíria para “ganhar algum dinheiro”) no Tom Brasil, que me chamou para um show acústico, onde eu poderia ter um convidado. Chamei a minha cumádi Ana Carolina e consegui uma ótima visibilidade graças a ela. Seriam só dois shows, que ensaiamos na garagem da minha casa. 
Quando a procura por ingressos fez a casa marcar mais uma data, e depois outra, veio a idéia de registrar os shows.

— Fizemos isso nós mesmos, para nós mesmos — conta Ana, que bancou a gravação em parceria com Seu Jorge.

O parceiro, como sempre, tem uma percepção própria.


— A gravação era para os nossos filhos, os que eu já tenho e os que a Ana pode vir a ter — diz ele. — Mas tudo funcionou tão bem, o público gostou tanto, que seria bobagem não lançar o registro.
No show, os dois resolvem tudo sozinhos, em diversos instrumentos. Há apenas uma participação, da violoncelista Flávia Mascareño.

— É importante mostrar que a gente se garante — diz Jorge. — Podemos não ser os melhores instrumentistas, mas fica um show redondo. 
Ana é a primeira a destacar um suposto lado político.
— É importante a gente incentivar o debate — avalia ela. — Fiz a música “Brasil corrupção (Unimultiplicidade)” com o Tom Zé muito antes de a crise política pegar fogo. Temos que falar nisso sempre, não só quando há problemas ou perto das eleições.

O papo político-social é uma das especialidades de Jorge.

— Temos que discutir as bases da unidade do povo brasileiro — discursa ele. — Não só os negros, ou os nordestinos, ou qualquer categoria ou classe social, mas o povo brasileiro. Temos uma credibilidade que os políticos não têm. O público gostaria de nos ouvir cantando só sobre o amor, mas nossa responsabilidade é maior.
Por isso ele incluiu o samba “Problema social”, antigo sucesso de Neguinho da Beija-Flor que conta a história de um menino pobre como ele.

— Além de me identificar com a letra, homenageio um dos autores, o Guará, uma promessa do samba que acabou assassinada — diz ele, atual morador de São Paulo. — Estou adorando. São Paulo também é Brasil, vamos combinar, né ? Aliás, é o coração do Brasil. Amo o Rio, mas não tenho saudades das praias nem do Arpoador. Não vim de lá, vim da Baixada Fluminense. 
Ele se prepara para mais um ano cheio, o que deve sepultar as chances de mais shows:

— Tenho que gravar um disco para o Brasil e outro para os EUA — conta ele. — E pelo menos três filmes, no Brasil, na Venezuela e na Espanha. Sou um ator brasileiro negro, tenho que aproveitar a demanda pelo meu trabalho.

Fonte: O globo

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Ana Carolina é Premiada



A cantora recebeu disco de platina pelos seus DVDs. Para receber tal certificado pela obra, no caso DVD, o artista precisa ter alcançado uma vendagem mínima de 50 mil cópias. “Estampado”, lançado em Outubro de 2003, vendeu até o momento 60 mil cópias, enquanto que “Estampado – Um Instante Que Não Pára”, lançado em Novembro do ano passado, atingiu 50 mil unidades. A cantora recebeu os prêmios na noite desta última segunda-feira, dia 28, no Rio de Janeiro.

Fonte: Canal Pop

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No tom de Ana Carolina


A cantora Ana Carolina entra em estúdio ainda este ano para gravar seu quarto disco, já com
uma música inédita, Eu Gosto de Homens e Mulheres, estourada em show. Mas a idéia de Ana é lançar o CD somente em 2006. Afinal, Pra Rua me Levar, faixa do CD anterior, Estampado, entrou na trilha de América.

Nesta segunda-feira, 28, a cantora Ana Carolina recebeu vários amigos no restaurante Zero Zero, no bairro carioca da Gávea. Na ocasião, Ana foi premiada com dois discos de platina pelas 100 mil cópias vendidas de seus dois DVDs – Estampado e Estampado, Um Instante que não Para -, num coquetel oferecido a ela.

Os prêmios foram entregues à cantora pelo presidente de sua gravadora, a Sony BMG, Marcelo Schiavo, numa noite que consagrou a paixão de Ana pelo trabalho:


“Eu amo trabalhar e estou muito feliz com esse sucesso. Ele é importante porque é conseqüência de muito trabalho. Tenho orgulho de fazer o que gosto e sei que isso é raro nos dias de hoje. Me sinto realizada por isso”.
Abraçada por dezenas de amigos, como Adriana Esteves, Latino, Leonardo Vieira e Jorge Vercilo, Ana, de paletó preto, calça jeans e os longos cabelos soltos até o meio das costas, não escondeu que a música está em primeiro lugar em sua vida:

“Qualquer assunto para mim vira música. Estou numa fase muito rica e criativa. Costumo fazer saraus em minha casa e é assim que nascem muitas parcerias”. 
Ela apontou as telas espalhadas pelas paredes do Zero Zero e revelou:

“Essas telas são minhas. Toda música que faço eu completo com uma tela, e elas acabam indo para a casa de amigos. Assim que tiver mais pinturas, faço uma exposição. Sei que meu trabalho não é academizado, mas é livre e é sentimento”. 
A decoração do restaurante era à luz de velas, com bancos, mesas e cadeiras de madeira espalhados, que davam um ar de elegante descontração ao ambiente. Tanto ali como na parte interna da casa, dois telões exibiam Ana Carolina em shows, cantando na intimidade e em cenas domésticas.

Convidados famosos 


Entre os amigos que foram abraçar a cantora uma das mais animadas era a atriz Adriana Esteves, que vai viver Heloísa, em A Lua Me Disse, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, próxima novela das sete da TV Globo. A atriz falou de sua amizade com Ana Carolina:
“Sou fã e amiga de Ana Carolina. Adoro o repertório dela. Mas uma das que mais me marcou eu ouvi e gostei antes mesmo de conhecer a Ana. É a canção Quem de Nós Dois, primeiro sucesso dela, versão de uma música italiana. É muito bonita e fala ao coração".
O ator português Ricardo Pereira, o Daniel de Como Uma Onda, da TV Globo, também fez questão de abraçar a amiga:

“Quando a conheci achei-a muito simpática e com uma música maravilhosa. Fui revê-la no Canecão, tempos atrás. Além disso, gosto muito da canção que ela canta na trilha sonora de Como Uma Onda, o tema de Nina, que se chama Nua. Portanto, tinha que vir aqui hoje".

O cantor e compositor Jorge Mautner falou de sua ligação musical com Ana Carolina:
“Me identifico demais com a Ana Carolina, com a grande cantora que ela é. Costumo freqüentar seus saraus, que são maravilhosos. Ana é muito espiritual. E um verdadeiro vulcão”.
Ana Carolina, que esteve acompanhada pela mãe, Aparecida, contou que, por enquanto, não pretende fazer show no Rio. Muito feliz com a premiação, ela dividiu a noite com os que foram abraçá-la, como Aleh Ferreira, cantor e compositor, autor da música-tema do seriado A Diarista, da TV Globo, o DJ Zé Pedro, Latino, Jorge Vercilo, João Donato, Nelson Jacobina, a atriz Ilde Silva, o vice-presidente da Sony BMG, Kevin Ridler, a atriz Ana Beatriz Nogueira, o ator Leonardo Vieira e a amiga Karabachian, entre outros.

O fundo musical da noite de premiação incluiu, entre outras canções, o repertório mais conhecido da cantora, como Garganta, Encosta na Tua, Quem de Nós Dois, Sinais de Fogo – que ela deu para Preta Gil gravar -, Nada pra Mim e Uma Louca Tempestade.

Fonte: O Fuxico

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O show de surpresas de Ana Carolina

Autenticidade e interpretação. É assim que se define “Estampado”, show da cantora Ana
No palco do Claro Hall, 
Ana Carolina dividiu-se entre o
microfone, o violão e o pandeiro
Carolina que lotou o Claro Hall nos dias 20 e 21 de março. A alternância entre a guitarra e o violoncelo, o romantismo e o rock ‘n’ roll fez do show uma deliciosa surpresa. Em constante evolução como compositora e cantora, Ana Carolina está com mais um sucesso na boca do povo,Encostar na Tua (tema da novela “Celebridade”), que há várias semanas é uma das músicas mais executadas nas principais rádios do Brasil. Isso após o sucesso de Elevador (Livro de Esquecimento), primeira faixa de trabalho do disco, que também obteve grande repercussão.


Dirigido por Enrique Diaz e com direção musical de Ana Carolina e Dunga (baixista da banda dela), o show é repleto de projeções diferenciadas; de acordo com cada canção, imagens concretas, abstratas e palavras decoram a lona de caminhão que compõe o cenário. E com os arranjos não poderia ser diferente. O pandeiro, que já é histórico na carreira da cantora, ganhou mais destaque na versão da embolada Vox Populi (uma das faixas de Estampado), na qual Ana coloca músicos da banda tocando o instrumento junto com ela e deixando o povo doido pra sambar.
Em Vestido Estampado, outra faixa de Estampado, a cantora faz uma homenagem aos sambistas antigos, em uma versão com voz, violoncelo e isqueiro. Outro destaque do show, que deixou a platéia boquiaberta, é quando, na música 2 Bicudos (também de Estampado), Marcelo Costa (bateria) e Leonardo Reis (percussão) tocam de maneira sincronizada o cajon, uma espécie de caixa acústica.

“Eu gosto é de mulher”

O show de Ana Carolina demonstra a cumplicidade e a harmonia entre os integrantes da banda e a cantora. Aliás, dos músicos que gravaram Estampado apenas dois permanecem com ela: Dunga e o violoncelista Lui Coimbra (que deu um toque diferente ao hit Garganta com seu cello). A eles se juntaram, além de Marcelo Costa e Leonardo Reis, o guitarrista Vinícius Rosa e o tecladista Carlos Trilha (produtor do grupo Catedral).
Durante o espetáculo, Ana Carolina pareceu muito à vontade, pedindo, inclusive, dois minutos para tomar uma água por conta de tamanha emoção. Ela cantou sucessos de seus dois discos anteriores, como Garganta e Quem de Nós Dois, intermediadas por canções menos conhecidas do novo CD, que já ganhou disco de ouro por mais de 100 mil cópias vendidas (O DVD também ganhou o prêmio, por vender mais de 25 mil unidades). A cantora ainda fez uma versão voz e piano para Pra Rua Me Levar, música dela gravada por Maria Bethânia em Maricotinha.

Os dois momentos mais polêmicos da atual turnê são quando Ana Carolina canta a nova Beat da Beata e Eu Gosto É de Mulher, sucesso do Ultraje a Rigor nos anos 80. A primeira traz versos controvertidos como “Tem beata, tem sapata, tem frei pegando gay / Tem puta loirinha e tem mulata, paraíba surdo e japonês / Na boate, o bate-estaca, preconceito não vez / Vale tudo, é tudo certo, porque a razão é do freguês”, enquanto a segunda expõe a sexualidade da cantora.
Agora só resta esperar a novidade que Ana Carolina vai trazer na próxima turnê, porque desta vez, novamente, a versatilidade musical dela foi plausível. Não é qualquer um que compõe, canta, toca violão de cordas de aço e de nylon, guitarra, pandeiro...

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Os beats de uma cantora nada beata


Ana Carolina começou o ano de 2005 com o pé direito. 
A turnê de lançamento do DVD Ana Carolina no Canecão. 
A cantora mineira levou os cariocas ao delírio
com suas músicas românticas e sua irreverência
Estampado – Um Instante Que Não Pára (BMG) levou uma multidão para o Canecão, no Rio de Janeiro, durante os sete dias em que ficou em cartaz. Este é o segundo disco audiovisual da mineira de Juiz de Fora, que, aos 27 anos e com três CDs gravados, já firmou seu nome como uma das grandes vozes da MPB.

O atual espetáculo é uma versão cheia de requinte para todo o repertório de Ana: harpas, quarteto de cordas e sete pandeiros incrementam e dão uma batida nova para as músicas já consagradas da cantora, como Garganta e Nada pra Mim. O sucesso se confirma também nas novelas, onde ela emplacou três músicas do ultimo CD,Estampado: Encostar na Tua, Uma Louca Tempestade e Nua. O resultado, no Canecão, não poderia ser outro: anônimos e famosos emocionados fazendo coro e gritando, histéricos, a cada música.

Ana Carolina é cantora, arranjadora, violonista, percussionista e compositora, mas é nos shows que as pessoas podem constatar que ela consegue ser bem mais. Ela canta, toca violão, guitarra, pandeiro e emociona o público ao recitar belíssimos versos de E. E. Cummings e Benjamin Constant, num dos momentos mais emocionantes do show. A platéia aplaude de pé.

O repertório do espetáculo é baseado no CD Estampado, passando pelos grandes sucessos do seu disco de estréia, Ana Carolina(1999), e o segundo, Ana Rita Joana Iracema Carolina (2001). Nessa mistura de hits e emoções, a platéia revive cada verso de forma intimista e contagiante.

O romantismo, tão presente em Estampado, não deixa os apaixonados na mão. A seqüência É Mágoa, Que Se Danem os Nós,Pra Rua Me Levar (composta para Maria Bethânia) e Só Fala em Mim é o grande momento dos casais, que trocam beijos sem preconceitos entre um verso e outro.

Cantora apresenta música inédita
O deboche e a irreverência sempre foram características marcantes nos shows de Ana. Ela brinca com o público, troca versos da música Garganta e acha graça das polêmicas que envolvem as canções.

Depois dos polêmicos versos de O Beat da Beata, uma das faixas de Estampado, a bola da vez foi a música Eu Gosto É de Mulher, sucesso do Ultraje a Rigor. Ana retirou as canções do set-list, mas não sem antes fazer um discurso debochado e já tão peculiar.

E para quem pensava que a polêmica estava encerrada, Ana presenteou seu público com a inédita Eu Gosto de Homens e de Mulheres, e Você, o Que Prefere?. O Canecão foi igualmente ao delírio.


Fonte: Universo Musical

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Ana Carolina reestréia Estampado no Rio

A cantora homenageou o dia de São Sebastião do Rio de Janeiro

Ana Carolina reestreou Estampado, seu terceiro CD, no Canecão, no Rio de Janeiro. O show aconteceu no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. A cantora não deixou de homenagear o lugar que a acolheu de braços abertos: "Esse dia é muito especial. Quero pedir união e pensamento positivo, para que a violência não se torne maior que a beleza desta cidade", ressaltou. Ela aproveitou a oportunidade e dividiu o palco com seu parceiro e amigo Totonho Villeroy, em São Sebastião, canção composta por ele.

Depois de rodar pelo País e passar pelos Estados Unidos, nem mesmo a noite chuvosa afastou os fãs ardorosos, que acompanhavam a cantora em suas canções. O repertório incluiu novos arranjos para velhos hits, como Quem de Nós DoisNada Pra Mim; sucessos recentes como Uma Louca Tempestade,Encostar na TuaNuaElevador; e a inédita Homens e Mulheres. "Essa música é a resposta da Eu Gosto de Mulher (canção do Ultraje a Rigor que Ana incluiu em sua turnê), que deu o que falar", explicou a cantora.

Ana aproveitou que sua platéia estava repleta de famosos e chamou ao palco o seu amigo Aleh, cantor, arranjador e compositor. Sua música é influenciada pela black music sem perder a brasilidade. Seu estilo pode ser definido como mpb soul samba groove, que é também o título do seu CD lançado pela Nikita Music, que inclui grooves/levadas dançantes à MPB por meio de seus arranjos de base e metais inspirados em suas principais influências (de Cartola a James Brown, de Cassiano a Marvin Gaye). Ele cantou sua música Ela é dona do jogo, que abre o programa A Diarista, da Rede Globo. Juntos cantaram Isso aqui, o que é?, canção de Ary Barroso que reverencia o Brasil.





Fonte:Revista Paradoxo

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