Ana Carolina quer conquistar público da região


Uma das mais conceituadas cantoras da Música Popular Brasileira, Ana Carolina desembarca pela primeira vez em Criciúma nesta sexta-feira para um show que consagra os seus maiores sucessos.
A mineira Ana Carolina Souza como é batizada já conquistou quatro vezes o Prêmio Multishow de Música Brasileira, três vezes o Troféu Imprensa e uma vez o Prêmio Tim de Música. Seu primeiro disco foi lançado em 1999, com o estouro da canção “Garganta”, que a fez ser conhecida nacionalmente.
Em entrevista exclusiva ao jornal A Tribuna, a cantora, que sobe ao palco do Siso’s Hall nesta sexta-feira, fala do início da carreira, o que costuma fazer nas horas vagas e também como foram desenvolvidos seus últimos trabalhos, que trouxeram algumas novidades de estilos musicais que Ana Carolina resolveu apostar.

AT- É a primeira vez que você vem a Criciúma. O que você sabe sobre a cidade?
AC- Sim, é a primeira vez! Não sei muito sobre a cidade, mas estou bem animada em conquistar o público daí!

AT - O que o público vai conferir neste show?
AC - Vou fazer um show com os meus maiores sucessos, com um espetáculo para fazer o público feliz e cantar junto comigo!

AT - Você tem familiares envolvidos na música. Veio daí o seu interesse pela música desde cedo?
AC - Eu sempre gostei e ouvi muita música. Minha avó cantava, meus tios tocavam, sempre estive cercada de música e cresci em uma ambiente favorável à minha opção profissional. O interesse em fazer música surgiu pela primeira vez quando ganhei da minha mãe um violão. Eu ficava trancada o dia inteiro tentando aprender os acordes, me espelhando no que via e ouvia dos meus "mestres", como Chico Buarque e João Bosco. Com o tempo, os acordes começaram a fazer um sentido diferente, especial, além da mera repetição das músicas que eu conhecia. Foi então que eu passei a ver a música como um caminho possível, real, e apesar de autodidata, me dediquei compulsivamente ao entendimento e estudo do instrumento (violão) e da própria música. Ainda garota, eu já me apresentava profissionalmente na noite de Juiz de Fora.

AT - Como foi a descoberta do diabetes ainda tão jovem e como você vem lidando com essa doença durante tantos anos?
AC - Fui diagnosticada aos 16 anos, por isso insisto que o mais importante é a informação e a prevenção. No meu caso, procuro me observar sempre, faço sempre o teste de glicemia, mantenho meus exames em dia e sigo uma rotina alimentar.

AT - Como foi seu início de carreira e as dificuldades que esbarrou para ter o reconhecimento na mídia e do público?
AC - Minha escola foi a estrada, onde pudesse me apresentar, lá estava eu, foi uma espécie de universidade e quando veio o sucesso já estava madura para encarar.

AT - Como foi receber a composição da letra “Garganta” seu primeiro grande sucesso que a despontou no cenário da música brasileira? Existe uma relação especial com essa música e com quem a compôs?
AC - Gosto muito do estilo 'dedo em riste' do Totonho Villeroy, a música tem muito a ver comigo e a minha parceria com ele é para a vida toda.

AT - São quase 20 músicas suas em trilhas sonoras. A participação é importante para a visibilidade do cantor, principalmente para os que estão em inicio de carreira?
AC - Não crio pensando em novelas, mas minhas músicas falam de relações e sentimento, acho que por isso se encaixam bem nas tramas. Claro que a velocidade e o número de pessoas que atinge é muito grande. É importante, mas não deve ser o foco de quem está começando.

AT - Você é cantora, compositora, empresária, arranjadora, produtora e instrumentista. Existe tempo para descansar, o que faz nas horas vagas?
AC - Sou muito caseira. Gosto de pintar e receber os amigos. Mas, não deixo de sair, ir ao cinema e assistir aos colegas.
AT- Você gosta de passar por outros estilos musicais. O álbum “N9ve”, lançado em 2009, em comemoração aos seus 10 anos de carreira, trouxe novos estilos de músicas como Tango Eletrônico, Samba, Salsa e Bossa Nova. Como é a relação com essa diversidade, isso é bom para a carreira do cantor e como foi a receptividade do seu público?
AC - O CD “N9ve”, é um disco do qual me orgulho muito, queria um disco mais elaborado, apontando para um caminho novo. Como artista, sou inquieta e preciso mudar a maneira de fazer as coisas. Foi um disco desafiador, com parcerias inusitadas com John Legend, Esperanza Spalding e arranjos de Arthur Verocai. Algo realmente novo que boa parte do público estranhou (Risos) e que deu origem ao DVD Ana Car9lina +1, com a participação de Maria Bethânia, Gilberto Gil, Luiz Melodia, Maria Gadu, Seu Jorge, Chiara Civello e outros colegas que também admiro. Um luxo, né não?
AT - Como foi a elaboração do seu último CD “Ensaio de Cores”
AC - Queria fazer algo na contramão do que vinha fazendo, shows para grandes públicos em grandes estádios. No 'Ensaio de Cores', procurei uma formação menor, uma sonoridade mais intimista, que proporcionasse mais concentração do público. Formei uma banda de mulheres, três instrumentistas incríveis e que me trazem essa sensação de ser mais um músico e não 'a cantora'. O show nasceu de um projeto especial para quatro apresentações, onde exporia pela primeira vez minhas telas ao público, em benefício da Associação de Diabetes Juvenil. Procurei um repertório que falasse desse universo, como 'Rai das Cores', do Caetano; 'Azul' do Djavan, 'Carvão', compus 'As Telas e Elas'. Sempre quis cantar 'Todas elas juntas num só ser' do Lenine e acho que ficou especial com as meninas. Misturei sucessos, canções minhas que eu não havia gravado e mais três inéditas lindas: "Problemas', Você Não Sabe', do Totonho, e o samba 'Pra tomar três' minha primeira parceria com o Edu Krieger. Quando vi estava pronto! Meus quadros são expostos nos 'foyers" dos teatros e projetados como cenário do show. A resposta foi tão boa que gerou CD e DVD e já está há dois anos em cartaz!

AT - Como você lida com a o assédio da mídia e a relação com o público. Existem situações que lhe incomodam neste meio?
AC - Com o público, procuro manter o respeito que é à base de toda relação de amor. Com a mídia estou acostumada. Às vezes me incomoda a mania “de tirar minhas frases do contexto” e também aquele pré-julgamento que alguns críticos bobões fazem e às vezes julgam a obra de artista e Não sabe que daqui a alguns anos serão julgados pela obra.

AT - Qual CD fosse considera o melhor em sua carreira e as melhores músicas?
AC- O melhor é sempre o último né? Atualmente estou gostando de cantar 'Simplesmente Aconteceu' uma linda canção, de Chiara Civello e Dudu Falcão.

O show de Ana Carolina, que tem o apoio do jornal A Tribuna, acontece nesta sexta-feira, no Siso´s Hall, a partir das 21h.
Ingressos: Lj Download (Criciúma)
CPR Informática (Içara)
www.blueticket.com 

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